Petróleo

Construção de módulos para plataforma aquece setor naval na ZS

Contrato celebrado entre Modec e EBR, de São José do Norte, poderá gerar cerca de dois mil empregos diretos

Otimismo é tom que norteia as perspectivas em torno da retomada do polo naval na Zona Sul do Estado. No sábado o portal Click Petróleo e Gás divulgou que "pelo menos cinco estaleiros distribuídos entre China e Brasil, serão responsáveis pelas obras dos próximos FPSOs (navios plataformas) das áreas da Libra e da Cessão Onerosa, no pré-sal da Bacia de Santos". Entre eles, o Estaleiros do Brasil (EBR), de São José do Norte, está produzindo módulos do FPSO Guanabara, operado pela Modec.

Ainda segundo o portal a construção da plataforma terá obras compartilhadas entre o EBR e o Cosco, na China. A FPSO Guanabara produzirá em Mero 1 a partir de 2021.

A prefeita de São José do Norte, Fabiany Zogbi Roig (PSB), confirma o contrato com a Modec e diz que há grandes perspectivas para 2020. Fabiany fala ainda que já estão sendo construídos módulos para essa empresa, mas a intenção é fazer a consolidação deles no município.

Porém para que o casco da plataforma seja edificado pela EBR é necessário que se faça uma dragagem no canal de acesso ao Porto de São José do Norte, que possui 10,5 metros de calado, mas seriam necessários 12 metros.

Na semana passada uma comitiva esteve no Palácio Piratini para uma audiência. Durante o encontro, articulado pelo deputado estadual Fábio Branco (MDB), o governador Eduardo Leite (PSDB) solicitou ao secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella, que avaliasse junto à Secretaria da Fazenda uma forma de viabilizar o pedido.

Fabiany relata que a draga do governo do estado é velha e está fora de operação. A solução seria a própria Modec fazer a dragagem. "A empresa tem essa disposição."

A forma de ressarcimento poderia vir através de substituição tributária. "O governador ficou de ver se legalmente é possível viabilizar desta forma."

A prefeita diz que o número de empregos que o estaleiro gera atualmente é de 950. Dado divulgado pelo diretor financeiro da EBR Estaleiros do Brasil, Carlos Rodrigues, durante a reunião. E a expectativa é de que esse número alcance cerca de dois mil trabalhadores.

Segundo a prefeita é necessário que esta dragagem seja feita até, no máximo, março do próximo ano. "Estamos muito otimistas", fala Fabiany ao lembrar que as receitas que estas estruturas geram são muito importantes para a economia do município, sem falar na injeção de capital comércio e serviços. "Mesmo agora já dá pra sentir essa movimentação no comércio", diz.


Consolidação desejada

Trazer a consolidação do casco para o município é o maior desejo não só da prefeita, mas de toda a comunidade, especialmente dos trabalhadores do setor metalúrgico de Rio Grande e São José do Norte. O vice-presidente do sindicato da categoria, Sadi Machado, diz que essa passo amplia significativamente o emprego de mão de obra direta e indireta.

Segundo Machado hoje há cerca de dez mil trabalhadores desta área desempregados. "O ano que vem é bem promissor", comenta.

Machado afirma que a EBR atualmente tem 350 trabalhadores atuando de forma direta no empreendimento, uma fração do que o Polo Naval movimentou. No pico, o polo naval chegou a empregar diretamente mais de 20 mil trabalhadores.

O sindicalista também lembra que recentemente a Ecovix assinou contrato de leniência, o que a deixa apta a concorrer. "Vai voltar a operar todo em Rio Grande", afirma. De acordo com o sindicato, o estaleiro da Ecovix tem atualmente 300 trabalhadores cortando os blocos da FPSOs 72.

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